Cannoli – Un dolce italiano popolare

Um doce de humilde origem vendido nas ruas italianas está acelerando firme rumo ao estrelato. Conheço Cannoli a mais de meio século e nunca vi sua presença num espaço mais refinado. Agora, um tanto gourmetizado já está até sendo comentado por alguns colunistas gastronômicos, apresentado como novo queridinho dos confeiteiros.

Cannoli é um tubo (+- 15/20 cm) de massa frita recheado (originalmente) com creme de ricota e açúcar. Via isso feito pela ala italiana da minha família não por ser ele genial, mas porque era barato.

Até pouquíssimo tempo atrás só via Cannoli ser vendido na barraquinha do Seu Antonio, na portaria do estádio do Juventus na Moóca.

O Cannoli ideal não pode ter uma massa muito dura, mas deve oferecer a crocância necessária para contrastar com o creme do receio que pode variar entre baunilha, doce de leite, chocolate.

O Juventus é tido como o segundo clube de todo paulistano. Seu estádio é antiquíssimo, do tempo do futebol romântico. Pelé conta que foi nesse estádio que marcou seu gol mais bonito. Com ou futebol, tenha jogo no estádio ou não Seu Antonio está na porta do estádio vendendo seu lendário Cannoli.

Como tudo que é bom Cannoli também é cercado de lendas sobre sua origem. A mais simples delas conta que o Cannoli teve sua origem no aproveitamento de sobras, dos recortes da “pasta” (macarrão) feitas em casa. Fazer a pasta em casa sempre foi coisa tradicionalíssima das casas italianas.

Mas, em função de seu formato fálico, a origem do Cannoli é colocada num convento de freiras. Outra corrente, pelo mesmo motivo afirma que o Cannoli foi criado num harém na Turquia e trazido na cultura Moura para a Europa mediterrânea.