Gentileza gera Gentileza.
Violência gera violência.
Torcedores invadem um centro de treinamento. Um homossexual apanha na rua. O número de latrocínios cresce. No transito nunca de disse tanto palavrão. Uma jornalista exalta e apoia um justiçamento de rua. A insanidade passa a ser traço das mais altas (?) “ortoridades”. Estamos cada vez mais violentos. E não são os outros que estão violentos, somos nós. Somos todos nós. Não e em outro planeta, mas aqui, aqui bem pertinho, no centro da cidade do Rio de Janeiro para ser exato, viveu um homem, um exemplo, um homem que passou a vida pedindo Gentileza……………..
Defendo que sempre é muito melhor fazermos a apologia daquilo que acreditamos, do que ficar esbravejando contra aquilo que não queremos. O Sr. José Datrino, nascido em 1917 e falecido em 1996, é um paulista que passou a vida no Rio de Janeiro e passou para a estória do folclore da cidade com o nome de “Profeta Gentileza” .
Contam que ele dizia que quando criança ouvia vozes que prediziam que chagaria o dia em que ele deveria largar o mundo material e pregar a cordialidade o amor…a Gentileza entre os homens. Dizem que ele era empresário, dono de uma transportadora. Dia 17 de Dezembro de 1961, quando ocorreu aquele acidente de péssima memória, o incêndio do Circo Norte Americano em Niterói, tragédia que consumiu a vida de mais de 500 pessoas, na sua maioria crianças, Seu José foi para o local, lá ficou se auto determinando a confortar todos que iam até o local. Parentes, curiosos, gente penalizada, quem aparecesse recebia palavras de conforto daquele homem que não tinha nenhum parente vitimado pelo incêndio, mas foi quem com ela mais se comprometeu.
Seu José passou a morar nesse terreno por vários anos. Em algum momento José Datrino morreu e imediatamente ressurgiu na identidade algum dia ganhou a identidade de José Gentileza, que passou a ser Gentileza, o profeta. O profeta se transferiu para o Rio, se fixou na zona portuária e passou a viver distribuindo palavras gentis e flores para os transeuntes. Sua veste passou a ser uma túnica onde estavam gravadas frases aconselhadoras.
Seu feito mais marcante foi ter se apropriado de 56 pilastras do viaduto do Caju para pintar em cada uma delas murais com frases que pregavam Gentileza.
A vida desse homem foi assim, pregar a Gentileza, somente isso. O único erro é dizer que essa obra é “só isso”. Correto seria dizer “Tudo Isso”.
Outra grandeza desse homem. Criou um grafismo próprio, (não deixem de ver esse link) como Univvverrsso, Amorrr, Conheser e várias outras. Multiplicando as consoantes o profeta acabada atribuindo significado mais amplo a essas palavras. Vejam o que ele dizia para justificar a nova grafia das palavras.
– Univvversso, é coisa muito grande meu filho.
– Amorrr, tem que não querer se acabar.
– Conheser, é conhecer o ser, é conhecer a si mesmo.
Ele passou a vida pregando a Gentileza….e nós o que fazemos? Passamos nossa vida cultuando o que? Enxergando e criticando que os outros que são grosseiros, violentos………………
Certamente estamos vivendo um momento histórico onde a convivência com o ódio, com o rancor, com o confronto parece estar pacificada, assumida. Não é bem esse o mundo que eu quero viver.
Coloquem um post no Facebook pregando contra a violência, contra a grosseria. Contem quantas vezes no dia vocês usaram a expressão Muito Obrigado, ou Por Favor………………….Vamos fazer alguma coisa. Serenando nossa mente vamos refletir como produzir alguma mudança em nós para que o universo seja alterado positivamente.
No mínimo contem a história do Profeta Gentileza a alguém.
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