Vandalismo Chapa Branca

Casório
15 de junho de 2015
Gentileza gera Gentileza. Violência gera Violência
17 de junho de 2015

Vandalismo Chapa Branca

 Vandalismo Chapa Branca

Terrorismo de Estado, Vandalismo Institucional. A escolha do título fica a seu critério. Alguns lideres da ditadura estavam afetadíssimos com a intenção do general de plantão na presidência da república de promover uma distensão no sistema. Mal o termo Abertura começou a ser discutido e essa Linha Dura traçou um plano de ações terroristas para tumultuar a situação do país. Sim a ações criminosas com todas as agravantes possíveis. Leia e vamos discutir a seguinte questão.  Quando um manifestante destrói uma vidraça ele está nas mesmas condições do que alguém, detentor de poder  quando explode uma bomba em local público?

O general que estava de plantão na presidência da república entendendo que mesmo com todo o enfrentamento possível o ciclo da ditadura estava perto do esgotamento, talvez procurando uma renovação em si mesmo, começou a propor uma abertura política. Medidas tímidas começavam a ser esboçadas. A facção mais “linha dura” do sistema, claro, se posicionou contra e resolveu criar uma situação tensa tanto para o governo como para a resistência. Como estratégia esse grupo elegeu a violência como sua forma de manifestação e passou a promover uma serie de ações de terrorismo. Isso mesmo, gente do “Sistema” tentando desestabilizar a nação pela violência, pelo vandalismo. Não quero absolver ninguém mas entre um desesperado, destemperado manifestante que arrebenta a janela de um Mc Donald’s da vida e um  grupo de pessoas que se entendem por “Ortoridades”, e premeditadamente planejarem ações que ofereciam riscos enormes e destruição programada de patrimônio, existe alguma diferença.                                                                                                                              A ação desse grupo que queria endurecer e não distender a situação política brasileira foi explodir, soltar bombas em locais de aglomeração popular ou em instituições que lutavam pela recuperação dos direitos constitucionais da população.  O caso mais emblemático das bombas do “Sistema” foi a bomba do Rio Centro. Nas comemorações previstas para comemoração do 1º de Maio de 1981, um grande show foi marcado, milhares de pessoas presentes e graças ao dedo de um brasileiro ilustre, Deus, a bomba destinada a provocar uma tragédia explodiu dentro do carro dos agentes encarregados do ato criminoso.                                              O caso do Rio Centro foi importante e é lembrado, mas pra que esse país se mantenha livre dessas atitudes, vejam o a lista de atos terroristas praticados á época pelo “Sistema”.

:Abertura política

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.        

A Reação dos militares radicais. No campo ideológico, os militares radicais que não queriam o fim do regime militar, de janeiro a agosto de 1980, começaram a explodir bombas em todo o país.  Pessoas começam a morrer em atos criminosos. Bancas de jornal começaram a serem explodidas, shows populares começaram a receber ameaças de atentados.

 

http://www.vermelho.org.br/

Terrorismo: No final da ditadura, bombas contra a democracia.

Por José Carlos Ruy

Além de atuar para assassinar oposicionistas, destruir suas organizações e amedrontar os militantes da democracia, um dos alvos daquela “moda” terrorista era calar a voz das publicações ligadas à oposição e às organizações democráticas. Assim, vários jornais foram atacados: Tribuna da Luta Operária no Rio de Janeiro, em 27 de agosto de 1980 e em São Paulo, 22 de abril de 1984; Em Tempo (Belo Horizonte, 23 de maio de 1980); Hora do Povo (Rio de Janeiro, 30 de maio de 1980); Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro, 26 de março de 1981); Gráfica Americana (Rio de Janeiro, 3 de abril de 1981).

 

Na outra ponta, agiam para sufocar economicamente aquelas publicações inviabilizando sua comercialização. Houve ataques contra livrarias em São Paulo (livrarias Capitu, Livramento e Kairós, em abril de 1980) e Belém (livraria Jinkings, 18 de novembro de 1980). Entre abril a setembro de 1980, bancas de revistas que vendiam jornais como Movimento, Pasquim, Tribuna da Luta Operária, Tribuna da Imprensa, Coojornal, Em Tempo e outros da luta democrática, foram atacadas a bomba ou incendiadas em Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Belém e São Paulo. O objetivo era intimidar seus proprietários para que deixassem de vender aqueles jornais.

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Estudantes da Escola de Filosofia e Política da USP detidos após ocupação do prédio da escola na Rua Maria Antônia. (ano de  1968)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Linha dura resiste com bombas

Em 1980:

  • 18/01 – desativada bomba no Hotel Everest, no Rio, onde estava hospedado Leonel Brizola.
  • 27/01 – bomba explode na quadra da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, no Rio, durante comício do PMDB.
  • 26/04 – show 1º de maio – 1980 – bomba explode em uma loja do Rio que vendia ingressos para o show.
  • 30/04 – em Brasília, Rio, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Belém e São Paulo, bancas de jornal começam a ser atacadas, numa ação que durou até setembro.
  • 23/05 – bomba destrói a redação do jornal ‘Em Tempo’, em Belo Horizonte.
  • 29/05 – bomba explode na sede da Convergência Socialista, no Rio de Janeiro.
  • 30/05 – explodem duas bombas na sede do jornal ‘Hora do Povo’, no Rio de Janeiro.
  • 27/06 – bomba danifica a sede da Casa do Jornalista, em Belo Horizonte.
  • 11/08 – bomba é encontrada em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, num local conhecido por Chororó. Em São Paulo, localizada uma bomba no Tuca, horas antes da realização de um ato público.
  • 12/08 – bomba fere a estudante Rosane Mendes e mais dez estudantes na cantina do Colégio Social da Bahia, em Salvador.
  • 27/08 – no Rio, explode bomba-carta enviada ao jornal ‘Tribuna Operária’. Outra bomba-carta é enviada à sede da OAB, no Rio, e na explosão morre a secretária da ordem, Lyda Monteiro. Ainda nesta data explode outra bomba-carta, desta vez no prédio da Câmara Municipal do Rio.
  • 04/09 – desarmada bomba no Largo da Lapa, no Rio.
  • 08/09 – explode bomba-relógio na garagem do prédio do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, em Viamão.
  • 12/09 – duas bombas em São Paulo: uma fere duas pessoas em um bar em Pinheiros e a outra danifica automóveis no pátio da 2ª Cia. De Policiamento de Trânsito no Tucuruvi.
  • 14/09 – bomba explode no prédio da Receita Federal em Niterói.
  • 14/11 – três bombas explodem em dois supermercados do Rio.
  • 18/11 – bomba explode e danifica a Livraria Jinkings em Belém.
  • 08/12 – o carro do filho do deputado Jinkings é destruído por uma bomba incendiária em Belém.

Mais bombas

1981:

  • 05/01 – outro atentado a bomba em supermercado do Rio.
  • 07/01 – na Cidade Universitária, no Rio, uma bomba explode em ônibus a serviço da Petrobrás.
  • 16/01 – bomba danifica relógio público instalado no Humaitá, no Rio.
  • 02/02 – é encontrada, antes de explodir, bomba colocada no aeroporto de Brasília.
  • 26/03 – atentado às oficinas do jornal ‘Tribuna da Imprensa’, no Rio.
  • 31/03 – bomba explode no posto do INPS, em Niterói.
  • 02/04 – atentado a bomba na residência do deputado Marcelo Cerqueira, no Rio.
  • 03/04 – parcialmente destruída, com a explosão de uma bomba, a Gráfica Americana, no Rio.
  • 28/04 – o grupo Falange Pátria Nova destrói, com bombas, bancas de jornais de Belém.”

 O Caso Riocentro

O mais famoso atentado foi o do Riocentro, ocorrido na noite de 30 de abril de 1981, véspera do Dia do Trabalhador, no Pavilhão do Riocentro, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Nesta noite, cerca de 20 mil pessoas assistiam a um show em comemoração ao Dia do Trabalhador, organizado pelo CEBRADE (Centro Brasil Democrático), e que contou com a presença de diversos expoentes da MPB, entre os quais Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Elba Ramalho, Gonzaguinha, Alceu Valença e Gal Costa.

Uma bomba explodiu no estacionamento, dentro de um automóvel Puma, matando o sargento Guilherme Ferreira do Rosário e ferindo gravemente o capitão Wilson Luís Chaves Machado (proprietário do Puma), ambos ligados ao DOI-CODI do Exército, que estavam no carro.

A bomba explodiu enquanto era manipulada, e preparada para ser detonada junto à caixa de força e luz do estacionamento do Riocentro, a fim de cortar a energia e gerar pânico entre os frequentadores do show.

Uma segunda bomba explodiu na caixa de energia, mas sem conseguir cortar a luz no local do show. Uma terceira bomba teria sido encontrada, intacta, no carro das vítimas. Um Inquérito Policial Militar foi aberto para apurar o caso, e a versão oficial foi de que as bombas foram implantadas no carro para matar os militares.

O objetivo dos militares da linha-dura era atribuir o atentado à extrema esquerda. Para dar respaldo a esta versão, os agentes providenciaram, juntamente com o atentado, para que diversas placas de trânsito nas vias de acesso ao Riocentro fossem pichadas com a sigla VPR, do grupo Vanguarda Popular Revolucionária, que fora comandado pelo Capitão Carlos Lamarca nos anos 70. O que eles ignoravam é que a VPR já havia sido extinta e desmantelada pelas próprias forças da repressão.

 

Cako Machini
Cako Machini
Desde 1953 também responsável pelo mundo que vivemos. Publicitário, marqueteiro, empresário. Criativo, amante das artes. Resolvido a viver o Outono de sua Vida junto a natureza, priorizando as palavras e as viagens.

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