Vem transgredir comigo.

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Vem transgredir comigo.

Trans 14

Vem transgredir comigo.

Cada gesto, cada pensamento era um convite. Vem transgredir comigo.

Vestia um tailleur cinza médio e uma blusa cinza três tons mais claros. A saia tinha cumprimento até o meio dos joelhos.

         Dirigia um sedã 4 portas médio. corre o ano de  1978, é outono, estamos no final da tarde.

         Os dois botões superiores da blusa são desabotoados. Ela empurra seus peitos quase para fora do sutiã. Empina e estufa o peito oferecendo ao solicito frentista uma visão privilegiada.

         Aproveitando alguns segundos em cada farol fechado ela coloca a saia muito para cima deixando a cinta liga aparecer. Sempre que consegue ficar parelha com um carro mais alto controla a velocidade para deixar excitado os profissionais motoristas que encontra pelo caminho. Ajusta a sintonia na radio Eldorado e ouve “um piano ao cair da tarde”. Retira do porta treco uma bolinha pouco maior do que uma bolinha de pingue-pongue, senta e rebola sobre ela.Trans 4

         Repetidamente molha dos dedos e umedece seus mamilos. Até percebe mas não se incomoda nem mostra reação quanto algum motorista mais atento entende seus movimentos. Os óculos de lentes enormes e super escuras escondem a direção do seu olhar e disfarçam seu ar de atrevida oferecida.

         O congestionamento permite que ela encontre vários motoristas interessantes. Ela idealiza orgias com vários deles. Quando se vê mais interessada em algum rebola mais intensificando a masturbação com a bolinha que está estrategicamente colocada de maneira a percorrer todo seu períneo. Essa deve ser uma forma pouco usual de praticar o pompoarismo, não usual mais eficiente, ela está encharcada.Trans 5

         Confere as horas, está com tempo de sobra. Avista uma obra pública, alguns trabalhadores usam camisetas regatas. Ela tem uma tara por observar aqueles peitos cabeludos. Confessa, melhor seria dizer anseia por ficar lambendo um daqueles corpos suados. Sonha em sugar aqueles sovacos cabeludos.Trocar suão por saliva, gozar se esfregando num daqueles corpos rudes.

         Ali parada num local discreto, já introduziu várias vezes seus dedos na sua vagina e espalhou seu suco nas faces. Ela só usa maquiagem nos olhos. O rosto está livre para receber camadas e camadas do produto da reação dos seus hormônios. Também espalha sobre as costas das mãos até o meio dos braços.Trans 2

         Ela está pronta, preparada para seu compromisso. Toca o carro e entra no estacionamento. O manobrista se aproxima e perde qualquer pressa assistindo ela colocar seus sapatos. Suas pernas estão completamente a mostra e ela parece também não ter pressa. Entrega as chaves e segue em frente.

         É incrível como o mais absoluto antagonismo é mantido. A conduta de uma maliciosa vadia exibicionista provocadora, não contamina de jeito algum o ar de mulher sisuda. Seus olhos protegidos pelos imensos e escuros óculos observam as reações que ela provoca, mas seu olhar é tão frio que desarticula e inibe algum avanço de quem foi por ela provocado. Ou mesmo provocada, pois ela não isenta mulheres atraentes do laço de suas provocações.Trans 3

         Caminha com seu olhar ausente e entra no edifício. Cumprimenta os serviçais com distância. Aproveita que está sozinha no elevador e desafiando o tempo tira a calcinha, antes de guardá-la cheira várias vezes recordando suas últimas aventuras.Trans 6

A porta se abre, ela está num auditório. Está ritualmente atrasada exatamente 2 minutos, não quer ter tempo para cumprimentar ninguém.

         A reunião começa, o palestrante do dia discorre sobre as concessões que homens e mulheres devem fazer para manter um casamento saudável. Estamos na reunião semanal de um clube dito clube de serviços. O clube em um símbolo e nome de um animal selvagem.

         Não extravasa mas tem um pensamento irônico. Já percebeu olhares picantes da totalidade dos homens ali presentes. Já foi observada com interesse por boa parte das mulheres do grupo. Ouviu frases de duplo sentido. Seus seios foram conferidos por sobre o decote. Qualquer movimento de suas pernas era vigiado. Mas nunca alguém foi objetivo. Pior nunca ninguém reconheceu ter fetiches. Ninguém assumiu a naturalidade de se ver excitado por outra pessoa. Porque a hipocrisia de não aceitar o componente sexual  em suas vidas. Ficava inconformada quando na roda de mulheres o assunto esbarrava em sexo e alguém dizia “Faz parte da vida”, mas não para registrar a naturalidade e sim uma aceitação doutrinária. Ela pensava. – Estamos em pleno século XX usando roupas modernas, comemorando avanças da ciência e usando uma falsa moral forjada na idade média.Trans 9

         Acredita ter deixado expostos seus pensamentos quando durante um de tantos enfadonhos discursos ela começou a se imaginar tomando o microfone e numa performance inédito estar fazendo um Strip-tease cantando Perigosa (das Frenéticas). Descaradamente vomitando sobre cada um o verso das suas intenções. “Dentro de mim, Dentro de mim”. Atingindo um orgasmo soltou um gemido que foi pessimamente disfarçado em espirro.

         Sabe também que (pelas costas) ficou falada pelas outras associadas por ter o hábito de arrumar as meias levantando ao alto suas pernas.     Trans 10  

         Seu olhar exterior fica minimamente menos sisudo. Seu olhar interior, agora desprotegido dos óculos enormes e escuros, continua invasivo tentando desnudar cada participante. Quando alguém chama mais sua atenção ela cruza e descruza as pernas. Esse raspar das coxas é um recado cifrado que diz, “quer que eu abra minhas pernas pra você?”

  Trans 11       reunião acaba começa uma confraternização, ela troca beijinhos com muitos e muitas. Um minúsculo sorriso malicioso toma seus lábios. A cada social beijo que recebe lembra que a pessoa está recebendo em seus lábios aquilo que ela chama de “Meu creme”. Olha fixamente dentro dos olhos de todos e através de seus feromônios pergunta. “ Você também transgride?”  “Quer transgredir comigo?”  

A hóspede            Vem transgredir comigo           Marido de aluguel        Edifício Minister 
A serviçal           Ele queria um homem             Orgasmo marcado           Mary Help

 

           

Cako Machini
Cako Machini
Desde 1953 também responsável pelo mundo que vivemos. Publicitário, marqueteiro, empresário. Criativo, amante das artes. Resolvido a viver o Outono de sua Vida junto a natureza, priorizando as palavras e as viagens.

5 Comments

  1. Dina Andalécio disse:

    Uauu…..
    Vou transgredir. Não sei se com você. Mas vou…..

  2. Fernando disse:

    Uau….

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