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Maceió

Por que visitar Maceió?

Maceió é a alegre e carismática capital de Alagoas. Cidade Sorriso, Caribe Brasileiro, são muitos, merecidos e válidos os títulos atribuídos a Maceió Eu prefiro ficar com “A capital Americana da Cultura”. Em 2002 a comunidade dos países americanos concedeu a Maceió essa honraria reconhecendo a diversidade das manifestações culturais ali existentes. Maceió foi a primeira cidade brasileira a ter sua diversidade reconhecida.

Para minhas preferencias culturais, as construções revitalizadas do centro histórico e o significativo Museu Théo Brandão, que abriga um riquíssimo acervo de arte popular e costumes regionais, justificam plenamente essa titulação.

Maceió está instalada num local privilegiado pela natureza. O que ali existe de mais abundante, a água é simplesmente de uma beleza extraordinária. As águas desse litoral são límpidas, transparentes como em poucos locais de todo o mundo.
Cientificamente falando a ausência de sedimentos em suspensão e a presença de muito calcário na região oferecem uma condição privilegiada.
Em Maceió não existem rios desaguando diretamente no mar. Portando, nesse ponto o oceano não recebe os normais sedimentos minerais e orgânicos comuns aos rios.
O terceiro ponto que interfere nessa condição de transparência da água são os manguezais da região que servem como filtros.

Água transparente, areia muito branca, e um relevo especialíssimo do solo acaba criando piscinas naturais onde é possível banhar-se acompanhado de cardume de coloridíssimos peixes. Passeios de jangada também acabam sendo opções privilegiadas.
Na praia de Ponta Verde, as piscinas naturais são acessadas em caiaques transparentes o que agrega um valor extraordinário ao passeio.

Praias em Maceió 

A Praia de Pajuçara é ideal para quem está hospedado no centro da cidade e não deseja grandes deslocamentos. Águas calmas, excelente estrutura, conforto e bons serviços. Os passeios de jangadas conduzem às piscinas naturais.
A Praia de Jatiúca também é uma praia urbana situada no centro de Maceió, com ondas mais fortes, excelentes para quem curte um visual mais local. Águas mornas, sombra e sossego, o que você quer mais mesmo? Isso sem contar com as famosas praias do Francês, de Ponta Verde, do Gunga… todas maravilhosas…

Passeios em Maceió

Detalhando melhor os atrativos do centro histórico, entenda que as edificações são interessantes, estão muito bem conservadas e algumas delas estão ocupadas com instituições culturais.
Visite o museu Théo Brandão, o prédio é interessante e o acervo sobre Arte Popular e tradições regionais é imperdível. Outro museu abrigado num edifício digno de ser visto é o Palácio dos martírios com o Museu Floriano Peixoto. Eu adorei conhecer o prédio e o acervo (bastante Arte Sacra) do Museu Pierre Chalita. Veja o prédio da Associação Comercial. A catedral metropolitana, a igrejas Bom Jesus do Martírio, Nossa Senhora do Rosário, formam um conjunto que deve ser visitado.
Prédios históricos e muita coisa para contar – arquitetura exuberante, como a Catedral Metropolitana, a Igreja Bom Jesus do Martírio e o Museu Palácio Floriano Peixoto.

Maragogi

Quem está em Maceió, deve entender como um pecado mortal não conhecer um dos mais lindos trechos do litoral Brasileiro.
Maragogi é conhecida por suas piscinas naturais, trechos muito rasos de mar onde você convive, a expressão correta é exatamente essa, com a fauna da natureza do lugar. É alguma coisa intensa de sentir e de um encanto tão simples que a descrição fica difícil.
Você simplesmente estará numa temperatura agradabilíssima, num lugar lindo, sendo literalmente envolvido pela natureza. Dentro d’água você verá onde pisa, será tocado por cardumes de peixes. Encontrará pessoas em atitudes quase infantis se deliciando com a experiência.

Rimos muito com a inusitada reação de uma garota. Sempre abraçada a seu parceiro, todos com a água pela cintura, ela deixa claro em alto e bom som os peixes que circulavam em sua volta. A todos ela cumprimentava dizendo. – Lindinho, lindinho.
Posso presumir, mas não sei exatamente o que aconteceu. Ela simplesmente se indispôs com algum determinado peixe e passou a agredi-lo verbalmente, dizendo.
– Bobo. Peixe malcriado. Abusado, Bobo!

O uso de máscara de mergulho e de snorkel certamente colocará você me melhores condições, mas francamente não são indispensáveis.
Os mais experientes poderão ter a experiência de mergulhar fazendo uso de cilindros em locais nas proximidades com profundidade mais compatível.
Estou louco para fazer um curso e poder ter esse tipo de experiência.

Mesmo que a matemática financeira fale alto, não é aconselhável, estando em Maceió, programar um bate volta até Maragogi. Considere:
 – O caminho não é tão curto assim, são duas horas em cada sentido. Isso reduz o número de horas disponíveis para a visitação do lugar. Isso é cansativo.

 – O trajeto não é tão bonito. Na maior parte do percurso você estará longe do mar, a paisagem pode ter alguma graça, as está longe do objetivo do passeio.

 – Chegar em Maragogi, tomar um barco, ir para as piscinas naturais, curtir e voltar, é se dispor a fazer um passeio incompleto. Existem praias e paisagens incríveis que valem a pena serem vistas.

Eu particularmente tenho uma atração especialíssima por crepúsculos. Maragogi tem um por do sol incrível. Outro fetiche é estar perto do mar em noites de muita lua.
Prefira estar em Maragogi, durante as lunações Cheia e Nova. Isso interfere positivamente tanto no luar, nessas fases esplêndidos.  Como pela ocorrência de marés baixas, mais marcantes. Maré baixa dá um nuance todo especial na visitação das piscinas naturais.

Uma super novidade. A empresa Aquayak (82) 99825-9623 (w), trouxe para o Brasil o transporte mais apropriado para ser usado no inigualável mar de Maceió. Caiaques transparentes. Uma ótima opção de passeio. A empresa propõe um passeio planejado de forma muito interessante. Um dos caiaques leva um guia  que faz a coordenação da remada e leva os participantes a pontos pouco explorados das piscinas naturais. Os caiaques são construídos em peça única de acrílico, são super-resistentes, totalmente transparentes e proporcionam uma sensação única. Vale a pena.

Ótima Mesa

Não sei se em forma de crítica, fofoca ou constatação mas é dito como verdadeiro que Paulistano quando é convidado para um passeio não pergunta: Onde vamos? Ele diz: O que iremos comer? … 

E quem estiver visitando as Alagoas, o que irá comer? O que é o típico da terra? O que deve constar na sua lista não secreta de desejos quando o assunto for gastronomia? Vamos lá. Anote o que é mais comentado, e recomendado na região.
Essa relação precisa começar necessariamente pelo Sururu

Sururu – você não irá visitar o Nordeste sem experimentar esse molusco muito próprio de toda região.
Insisto muito que os melhores pratos da culinária brasileira tem origem na necessidade, na sofrência, na dificuldade. Puxar sururu do fundo da lama das lagoas, é fonte de renda e sobrevivência alimentar de muitas famílias.
Feijoada, Entrevero, Ore Pro Nobis, Baião-de-Dois, Arroz Carreteiro, confirmam a minha tese. 

A apresentação com mais fama é o Sururu de Capote. O molusco é apresentado na própria casca, fervido no leite de coco, molho de tomate, pimentão, coentro, azeite, cheiro verde, cebola e alho. Pirão, Pimenta, Purê de macaxeira, acompanham o prato.
Caldinho de Sururu é item que consta nos cardápios da maioria dos bares e restaurantes.

Siri mole ao Coco
Este prato combina os dois grandes ingredientes da culinária local: o siri que é um fruto do mar e o coco, que é presente em quase todo o estado. A receita leva muitos legumes e normalmente é acompanhada de uma farofa.

Chiclete de Camarão
Primeiro quero avisar a todas que aquela que me servir camarão estará me levando imediatamente para a cama! Sim, cama de hospital, mas tenha certeza que será muito rápido. Nunca suportei o cheiro do bichinho, por isso só o experimentei tardiamente. Foram duas tentativas e duas tremendas crises alérgicas para superar.
Mas como sei que Camarão é um sonho de consumo de muita gente, faço questão de informar sobre uma apresentação muito alagoana do bichinho.
O prato trás camarão preparado com leite fresco, cebola picada, cheiro verde e temperos. A classificação “chiclete” fica por conta da soma dos queijos, mozarela, requeijão, parmesão, provolone e gorgonzola.
A Beth provou, gostou muito e recomenda que os visitantes de Maceió não deixem de experimentar.
Logicamente não podemos chama-lo de prato de raiz, mas é regional por ser muito presente mas somente em Alagoas.

Pudim de Tapioca
Nesse ponto faço outra revelação sobre nossa intimidade. A Beth, por trauma infantil, não admite nem ouvir falar em Tapioca.
No país inteiro encontramos pudins diferentes entre si, encantando as mesas de todas as regiões.
Tapioca foi a base da alimentação do nosso povo até antes da vinha dos europeus. Hoje além de ser o verdadeiro sustento dos mais humildes, Tapioca ganhou status de ingrediente cult.
Pudim de Tapioca é receita simples, leite, ovos, e farinha de trigo, basicamente diferindo dos outros pela adição de coco e da Tapioca. Tenham certeza, fica especialíssimo.

Bolinho de Goma
Ou Broinhas de Maragogi. Receita muito simples e como tudo que é simples, maravilhoso. Amido de Milho, Leite de Coco, Gema de Ovo, Margarina, Açúcar e goma de mandioca.
Além do sabor outra coisa interessante é o visual do “Biscoitinho”. Não existe um padrão visual, e em função da variação de formato, acabou se formando uma não declarada (?) disputa pelo formato personalizado mais criativo. O mais comum é quando o bolinho é forjado dentro de uma forma reproduzindo uma concha marinha.

Jangadas e jangadeiros

Vejam como sendo criativo é fácil trazer felicidade para todos. O projeto Arte na Vela propôs o uso da superfície das velas das jangadas com ilustrações e intervenções artísticas.
Rua dos Jangadeiros
Você que é um Maduro, portanto um viajante experiente e diferenciado deve ter as melhores e mais detalhadas informações. A Rua dos Jangadeiros, não tem esse nome por ser o ponto de embarque nas jangadas a caminho das piscinas naturais. Esse nome homenageia um fato heroico ético acorrido a quase um século.

               
Corria o ano de 1922, o Brasil comemorava o 1º centenário da sua independência. Os estados enviavam para a capital, Rio de Janeiro, comitivas para marcam presença nas festividades. De vários estados partiram comitivas embarcadas. Em Alagoas quatro pescadores resolveram, contanto inicialmente com a própria sorte, empreender uma viagem ao Rio, a bordo de uma rude e precária em todos os sentidos jangada de sete paus, batizada de Independência.
Sem nenhum instrumento de navegação, contando apenas com o apoio moral da população, a viagem começou na manhã de domingo do dia 27 de Agosto.
O pior e o melhor da viagem se deu na costa do estado da Bahia. Uma tempestade virou a embarcação e os destemidos viajantes perderam a totalidade dos seus pertences e das suas reservas de alimentos. A épica proposta de homenagear a Pátria e trágico momento vivido pelo grupo de jangadeiros sensibilizou o governo da Bahia que resolveu apoiar a jornada formando uma rede de apoio aos destemidos patriotas. Afinal eles e seu inusitado projeto representavam a força e a perseverança do povo nordestino.
Os jangadeiros chegaram ao Rio de Janeiro em 2 de Dezembro de 1922, após uma epopeia de 98 dias.


https://www.lakkosviagens.com/

https://vendasb2c.assistcard.com/LAKKOS

 

 

Cako Machini
Cako Machini
Desde 1953 também responsável pelo mundo que vivemos. Publicitário, marqueteiro, empresário. Criativo, amante das artes. Resolvido a viver o Outono de sua Vida junto a natureza, priorizando as palavras e as viagens.

1 Comments

  1. Romulo Cruz disse:

    Parece ser um lugar incrível!

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