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11 de fevereiro de 2016
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Veja bem…

Uma ótima avaliação. “O brasileiro conhece tudo sobre os 5 primeiros minutos de qualquer assunto”. Outra avaliação. “Todo mundo sempre tem um remedinho pra tudo que estiver acontecendo.

Daí você pode entender que o brasileiro é um privilegiado, quase um gênio. Mas pode também deduzir que essa superficialidade, essa mania de auto-suficiência é problemática. É perigoso não entendermos que precisamos de cuidados e que pessoas com conhecimentos específicos devem ser procuradas.

No final do texto, coloquei uma historinha (juro que é  verdadeira),de um fulano que conheci, Genaro Cabrita, ele foi  protagonista de um belo exemplo de displicência com a qualidade da sua visão. É engraçada, vale a pena ler. 

 

 

Essa é uma conversa entre maduros, portanto os cuidados com a saúde devem ser redobrados.

 

Quando você tem um carro usado, muito usado, frequentemente você acaba se acostumando os defeitos, ou com as deficiências do carro. O melhor é chegar no mecânico, pedir que o cara dê uma volta e diga o que precisa ser feito. Correto? Acertei?

Você aceita que isso valha pro seu carro, mas não com você. Quer exemplo? Seus olhos, sua visão. Você reclama do visor do celular, das letrinhas de todo manual de instruções, do sol que arde nos olhos. Mas não vai a um oftalmologista para uma avaliação correta. Certo?

 

Você que como nós gosta de pegar estrada, adora viajar, se deslumbra com as paisagens, deve levar muito a sério essa questão.

Você é maduro, possivelmente já usa algum tipo de óculos. Mas duvido que você faça periodicamente uma avaliação entre seus óculos e sua necessidade. Aposto como 74,8% dos óculos que vemos pendurados nas pessoas estão defasados!

 

 

Nesse site adoramos falar sobre nossas Andanças, incentivamos você a conhecerem esses incríveis lugares visitados por nós. Mas narramos outras nossas vivências, falamos sobre nossas preferências, sempre com o objetivo de compartilhar nossas experiências.

 

A Mochila de Sobrevivência foi festejada por tantos. Todo mundo curtiu e criou o hábito de consumir bebidas e alimentos mais saudáveis. Água de Coco virou moda e se faz presente na bagagem de quase todos os viajantes.

Todo mundo tem um hábito de linguagem, dizer: – Veja bem… Então que isso não seja somente uma expressão e sim uma condição: Veja bem!  Vejam o mundo com olhos experientes dos seus mais de 50 anos, mas com quase a mesma qualidade da adolescência.                                                              Não fique nessa de achar que você está enxergando bem. Deixe um profissional avaliar isso. Vejam nossa última mais recente experiência nesse assunto.

 

Todos já viram nas fotos aqui do site que a D. Beth está usando óculos 100% do tempo. Pois é, ela sofre de miopia desde quando o pagamento de propina no Brasil era feio em Cruzeiros.

Seus óculos são muito exigidos e ela estava repetindo a queixa de que suas lentes estavam “arranhadas”. Vejam bem, a queixa era somente quanto ao estado de conservação das lentes.

Marcou, compareceu a consulta e ouviu da médica oftalmologista.

– Não é bem que suas lentes estejam riscadas, elas estão defasadas, seu grau correto é outro.

Essa afirmação e a leitura da receita deixaram D. Beth surpresa e decidida a confeccionar novos óculos imediatamente.

 

 

 

Óticas Indaiá

 

Entramos, não tínhamos nenhuma referência, entramos simplesmente porque o visual além de clean nos agradava.

Ganhamos um sereno sorriso de Cíntia que se apresentando nos convidou a sentar. Beth mostrou a receita, Cíntia fez algumas perguntas explorando as expectativas da Beth, e colocou algumas armações sobre a mesa. O atendimento corria bem e fui ficando com a convicção que estávamos tratando com uma pessoa qualificada para aquela tarefa. Eu que sempre fui muito crítico sobre essa questão do preparo dos atendentes, estava entusiasmado com o desempenho da garota.

 

Cíntia, no melhor aspecto da questão, foi juntando informações sobre nossos hábitos de vida e assim que a Beth se definiu por um modelo de armação, ponderando que ambos passamos muito tempo dirigindo automóveis, levantou a necessidade de a Beth ter um óculos bi-funcional que além de corrigir a miopia, também fosse um óculos de sol.

Aceitos os argumentos e escolhido o modelo, Cíntia levantou outro importante ponto. Necessitando dos óculos 100% do tempo, a Beth não pode ficar sem um óculos reserva. Guardar os óculos velhos a titulo de reserva foi rebatido com o argumento que eles estariam cada vez mais defasados e seria extremamente precário seu uso.

O valor total dessa tripla compra ficou alto, ai entrou em cena a Solange, gerente da loja que em nosso socorro mexeu nos valores, na forma de pagamento até que “cabeu” a compra no nosso orçamento.

Contar essa experiência tem por objetivo valorizar um serviço bem feito, um trabalho bem realizado. Claro que Óticas Indaiá está eleita como nossa preferida. Pelo desempenho dessas funcionárias, mas principalmente porque a empresa tem uma clara preocupação com a qualidade do atendimento e encara sua operação como venda técnica. A “consultora” atendeu todas as necessidades da cliente. Aliás, ela despertou a cliente para suas reais necessidades.

E que além da recomendação sobre o estabelecimento, fique registrado em vocês que como nós amam a estrada, a valia de se relacionar com quem conhece muito mais do que 5 minutos sobre o ponto “visão de qualidade”.

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Genaro Cabrita

Estamos no Outono de 1970

Seu sobrenome não é Cabrita, isso é apelido. Ninguém nunca soube a origem do apelido Cabrita.

Um descendente, um quase italiano que não desiste do sotaque nem de passar todo fim de tarde no Bar do Mané Bruxo. Mané é apelido de Manuel, bruxo por inventar nem sempre tragáveis coquetéis.

No horário de sempre ele chega, cumprimenta cada um dos presentes. Não sorri (nunca), mas cumprimenta a todos (sempre), dai puxa um assunto sobre o qual será protagonista (sempre).

Genaro Cabrita, seu sobrenome não é Cabrita, isso é apelido. Ninguém nunca soube origem do apelido Cabrita, dirigindo-se ao Mané Bruxo, Mané é apelido vindo de Manoel,bruxo por inventar nem sempre tragáveis coquetéis, fala bem alto para chamar a atenção de todos.

 – Óculos é coisa do passado. Alguém responde.

– Cabrita, tu nem bebeu ainda já está balendo. Segundo esse grande filósofo contemporâneo, cabras não falam, ela balem.

– Digo por que sei o que estou dizendo. Começamos a ficar na dúvida sobre se Cabrita já havia começado a beber.

– Amanhã não uso mais. No gestual Cabrita balança os óculos. Silenciosamente todos perguntam, porque?

 – Comecei a fazer ginástica. Ginástica ocular. Vocês são ignorantes não conhecem isso. O silêncio reinante tinha curiosidade, dúvida e raiva de tanta arrogância. Mané Bruxo ironicamente comenta.

– O belo tá levando os olhos pra academia. Todos riem.

– Façam como as hienas, fiquem rindo de tudo.

 Para quem o estilo de relacionamento entre Cabrita e seus colegas de bar é novidade, parece que existe um ódio eterno. Bobagem, tudo teatro. Se Cabrita não marcar o ponto, é capaz de enfartar. E na ausência dele todos reclamam.

 – Olha pra cima, olha pra baixo, esquerda, direita. Foca uma coisa bem longe, olha outra muito perto. Exercitando o músculo ocular você enxerga cada vez melhor. Amanhã largo os óculos em casa.

Ninguém verbalizou, mas todos duvidaram.

No tão esperado dia seguinte nada do Cabrita. No outro, no outro….ausente.

            Quando o desespero estava quase instalado, no horário de sempre, surge Genaro Cabrita, Cabrita não é sobrenome, é apelido que ninguém sabe de onde veio. Mané Bruxo, Mané é apelido vindo de Manuel, Bruxo pela mania de inventar coquetéis intragáveis, pergunta.

– O que foi que houve, tava muito ocupado fazendo ginástica com os olhos?

– Fiquei sem carro.

– Quebrou?

– Bateu.

– Onde?

 – Numa pinguelinha. Não vi a porra da pinguelinha.

 – Pinguelinha? Aonde?

– Num riachinho a toa ali embaixo.

Sem dizer palavra um dos habitues do bar, desdobra uma página de jornal que mostra uma foto onde nitidamente se vê o Aero Wyllis do Cabrita “trepado” no início da mureta da ponte do Rio Pinheiros.

Cabrita não é sobrenome, é apelido que ninguém sabe de onde veio. Bruxo é um termo elogioso quando se trata dos coquetéis do Mané e Visão é coisa séria.

 

Cako Machini
Cako Machini
Desde 1953 também responsável pelo mundo que vivemos. Publicitário, marqueteiro, empresário. Criativo, amante das artes. Resolvido a viver o Outono de sua Vida junto a natureza, priorizando as palavras e as viagens.

2 Comments

  1. Cintia Weidy disse:

    Cako, quero deixar claro nesse texto que tivemos o maior prazer em receber você e sua esposa em nossa loja e que para nós foi uma experiência ótima atender clientes tão importantes como
    vocês ( todos são ) . Quero agradecer de coração o seu relato, que para mim foi sensacional .
    Espero vê-los em breve , um grande abraço a Beth e para você …estamos disponíveis para qualquer ajuste ou garantia dos óculos .

    Atenciosamente

    Cintia Weidy / consultora óptica

    • Cako Machini disse:

      Reparto as emoções vividas em nossas Andanças, e quero que nossos parceiros viajantes tenham hábitos saudáveis.
      Sou muito crítico com o tratamento que recebo. Sinto grande alegria quando posso comemorar desempenhos satisfatórios que devem ser valorizados.
      Parabéns menina.

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