Feliz aniversário de Casamento…dela…

Veja bem…
11 de fevereiro de 2016
Prelúdio par ninar Gente Grande
11 de fevereiro de 2016

Feliz aniversário de Casamento…dela…

Casamento 1Existiu um tempo onde os carros para serem atrativos ostentavam grandes áreas envidraçadas. Nesse tempo ninguém adesivava os vidros do carro. Queríamos ver e sermos vistos.

         Numa manhã de um dia de semana meu carro ia, o dela vinha. Paramos lado a lado numa “valeta” num cruzamento. Foi uma troca sensível de olhares. Partimos. Ambos olhamos o outro pelo retrovisor. O instinto predador falou mais alto. Dei toques na buzina e escandalosamente mostrei a ela que iria retornar. Ela entendeu minha manobra, diminuiu a marcha mais ainda, sinalizou e entrou numa rua ainda mais secundaria a direita.

         Nesse tempo ninguém imaginava ser arriscado conversar, paquerar na rua. Cheguei, ela estava estacionada.

         – Oi, posso entrar. Ela sorriu e destravou a porta.

         – Sou Carlos. Tá indo pra onde?

         – Sou Salma. Passei no banco. Agora estou indo pra casa.

         Alguns minutinhos de papo superficial. Disfarçados olhares no rosto, no corpo um do outro.

         Ela vestia uma calça jeans bem justa, uma mini blusa, portava um sorriso atraente e uma aliança de casada.

         – Vamos marcar para conversarmos melhor? Queria que fosse bem de imediato. Podemos nos ver mais tarde?

         – Pode ser às 3 horas?

         Eu estava excitadíssimo. Naquela época tinha quase trinta anos e com certeza passava por um surto de Testicocefalite. Ela era agradável e estava determinada.

         Fui chagando no endereço combinado. Vi o carro estacionado. Ela saiu da casa acompanhada por outra mulher. Três beijinhos e ela veio para o meu carro. Pequei o caminho de uma avenida com vários motéis.                                                                                                                                                                     …   …   …Casamento 3

         Ela reaparece no quarto vestindo um kafta estilo indiano, mais do que lindo, cabelos soltos. Faz posse e para no meio do seu palco daquele minuto. Escancarei um sorriso de agradecimento, elogiei o bom gosto, confessei estar envaidecido por tanta honra tanto cuidado, tanto preparo para estar comigo. A narrativa começou exultante e foi ficando gélida.

         – Ocasiões especiais? Empenho! Comemorações? Que sejam marcantes!

         Rodopia, lança a perna ao alto. Deve ter um bom conhecimento de balé.

         – Comente, elogie a roupa que só sairá do meu corpo se você for forte o suficiente para me subjugar. Veja! Mostrou a lateral do quadril. Nada mais visto. Mas não me entrego.

         – Trocamos um beijo, outros, outros. Minhas mãos passearam muito. Essa misteriosa encenação era muito excitante. Quando tentei introduzi minha mão por dentro da roupa fui contido energicamente.Casamento 4

         – Falei sério. Essa é uma festa privada. Você só entrará se lutar por isso.

         – Festa? Essa é a nossa festa…

         – Não! Essa é a minha festa. Meu marido não quis participar… A festa passou a ser somente minha.

         – Você contou, chamou seu marido para estar conosco?  Ela ri.

         – Bobinho… Só disse que ele não quis participar da festa. Estou em festa desde ontem. Estou comemorando 10 anos de casamento. Fui obrigada a lembrá-lo. Flores previsíveis não me surpreenderam. Algum restaurante, qualquer restaurante, não viu minha presença. Ele adormeceu na sala vendo futebol. Foi tão sonado para a cama que esse kafta ainda é inédito para ele. Francamente o ronco de um viciado em cerveja não é a música que vai marcar minha festa.

         – Uma mulher progressivamente solitária, aprende, sabe se virar sozinha. Mas se você for eficiente, inteligente, quizer participar da festa…. Faça seu papel.

         Numa milhonéssima fração de segundos entendi que eu não seria eu. Também não poderia ser uma caricatura do babaca que prefere futebol e cerveja.

         – Nunca a vi tão elegante. Você melhora a cada dia. Eu falava e tomava posição de dança.

         – Espero retribuir tudo o que você idealizou para hoje.

         Sem música, valsávamos. Olha dentro de seus olhos querendo focar a menina magoada que escondia seus olhos molhados. Estava funcionando ela me acompanhou na valsa. Ela sorria.

         – Sabe quantas mulheres existem no mundo? Só vejo uma. Sabe como está meu corpo excitado, escandalosamente excitado.

         Espalmei minhas mãos em seu rosto, fui descendo lentamente pelos lados do seu corpo. Curvei-me, curvei-me mais. Minhas mãos estavam em seus pés. Beijei, beijei muito. Comecei a beijar suas pernas. Ela cruzou as pernas indicando que iria continuar resguardada. Só consegui chegar pouco acima dos seus joelhos, era tudo do seu corpo que o kafta mostrava.

Casamento 6

         Fui derrubado por um golpe da sua perna esquerda que agora pousava sobre meu peito tentando me imobilizar. Que coisa linda. Por muito pouco tempo uma buceta ficou a mostra. Pelos negros somente aparados. Vontade de subir a mão. Ela foi mais rápida. Ajoelhou sobre meu peito. Segurou meus braços esticados.

Nunca tinha recebido uma massagem feita com o joelho. Foi uma sensação que beirava o violento, o inédito. Que pele gostosa. Nossas bocas unidas, nossas línguas se digladiando. Nossos braços em disputa para ficarem livres e ativos.

         Pensei que ficaria ajeitado. Ela parecia querer arrancar meu pinto mesmo não tendo me tirado as calças. Fiquei bem passivo quando ela invadiu minhas calças e agarrou meu pinto junto com meu saco.

         Com ou sem conhecimentos de balé ela demonstrou uma agilidade impressionante. Rodopiou sobre mim, continuou me subjulgando pelo pinto e agora oferecia sua perna para minha boca. Disse.

         – O que eu mereço?

         – Carinho, atenção, prazer.

         – O que sou eu?

         – A fêmea desejada. A fêmea perfeita.

         – Quem é você?

         – Teu servo! Teu servo inconformado que não quer ficar no chão. Um servo que quer ganhar um lugar na sua cama.

Casamento 2

         – Vá pro banheiro. Traga a nossa bebida. A bolsa grande que ela portava era uma bolsa térmica, continha uma garrafa de Champagne. Fiquei só de cueca, peguei a garrafa e voltei para o quarto.

         – Abra e não beba! Ordens são ordens.

         – Jogue um pouco sobre meu rosto. Agora saboreie.

         E assim foi. Consumimos boa parte da garrafa sugando simultaneamente a garrafa ou bebendo um da boca do outro. Ela esfregava Champagne no meu rosto sem economizar meus olhos. Ela era perversa e autoritária.

         – Lute por mim! Entendi que aquele corpo queria prazer, mas só seria possuído, na acepção exata da palavra possuído, tomado, ganho em disputa. Eu disputada aquele corpo fisicamente com ela que representada a resistência quanto aos compromissos com aquele ausente bebedor de cerveja que não procurava, não conquistava, não disputava aquele corpo nem mesmo com a rotina.

         A leitura filosófica, os aspectos psicológicos, que se fodam. Havia ali uma mulher disposta a ser a melhor fêmea do mundo desde que ela fosse desejada, conquistada.Casamento 5

         Um tapa. Não me venham com patrulhamento. Serviu para mostrar determinação e deixar claro que o jogo seria ainda mais disputado. A reação foi novamente me subjugar se agarrando pelo pinto, durou poucos segundos. Magicamente ela trocou a mão pela boca. Eu estava dentro dela temendo ficar mutilado mais terrivelmente excitado. Um tesão absurdo. Consegui abocanhar uma de suas tetas. Suguei, Rasguei o kafta. Joguei Champagne no rosto dela. Recebi um abraço fortíssimo. Gritei. Ela cravou suas unhas na minha bunda. Fiquei com 8 rasgos no traseiro. Que maluquice aquela dor me excitava.

         Outro tapa ela revidou. Não batíamos para machucar. Era excitante.

         Fui aprisionado numa chave de pernas irrecorrível. Nossos corpos dançavam um balé instintivo.  Nós nos esfregávamos, estava ótimo, mas eu queria estar dentro dela. Um urro demorado anunciou que ela gozava. Era intenso, selvagem sem ser grosseiro.

Casamento 8

         Umas gozam e relaxam, minha parceira também tomou fôlego… por alguns segundos. Vestiu um olhar faminto e me agarrou novamente. Dei lhe um empurrão, consegui espaço para tentar penetrá-la. Ela cuidou de tudo. Estávamos unidos. Novamente dançávamos. Queria que aquela sensação, aquele tesão se eternizasse…

         Resisti até outro urro começar. O corpo dela vibrava, se sacolejava todo. Tive um orgasmo memorável. Desabei sobre o corpo dela.                                                                                                       …   …   …

         Agora nua, sem reservas, sem pudor, ela coça os pelos da buceta, dá uma cheiradinha nos dedos e propõe.

         – Passei minha Lua de Mel em Ilhabela. Semana que vem pode ser, ta afim…?

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A hóspede            Vem transgredir comigo           Marido de aluguel        Edifício Minister 
A serviçal           Ele queria um homem             Orgasmo marcado           Mary Help

 

           

Cako Machini
Cako Machini
Desde 1953 também responsável pelo mundo que vivemos. Publicitário, marqueteiro, empresário. Criativo, amante das artes. Resolvido a viver o Outono de sua Vida junto a natureza, priorizando as palavras e as viagens.

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